Os desafios dos elementos: uma relação entre macro e microcosmo.
Um dos princípios de Hermes Trismegisto é o princípio da correspondência: “o que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima”.
Os exercícios de autoeducação e de autoconhecimento são os principais meios de se alcançar a tão almejada serenidade e paz interior.
A celébre frase “conhece a ti mesmo”, inscrita na entrada do Oráculo de Delphos, já era uma referência para o homem da antiguidade que buscava o conhecimento de si mesmo, mas também o conhecimento do mundo.
No acervo de memória guardamos aquelas paisagens e lugares que compuseram nosso corpo físico, mas também nossa vitalidade. Com eles, normalmente, construímos uma relação de confiança e segurança.
Os elementos fogo, terra, ar e água estão presentes dentro e fora de nós. Segundo a alquimia, o fogo é o que inicia todo o processo criativo. Mas há de se completar o ciclo, como o das estações do ano, na natureza e na biografia humana.
Cada um de nós tem um temperamento essencial, o colérico ligado ao elemento fogo, o melancólico ligado à terra, o sanguíneo ligado ao ar e o fleumático ligado à àgua.
Apesar de cada um se relacionar mais com um desses elementos, definindo nossa maneira de reagir às vivências que o destino nos traz. No caminho de crescimento e amadurecimento, é necessário equilibrá-los por meio do trabalho de autodesenvolvimento.
O desafio do fogo diz respeito ao entusiasmo, à vontade, impulsividade, iniciativa e coragem.
O desafio da terra, à realização, concretização, estabilidade, razão e ao contato com a realidade das coisas.
O desafio de ar, ao discernimento, inteligência, expressão, comunicação e movimento.
E finalmente, o desafio da água diz respeito à fluidez, flexibilidade, sensibilidade e adaptabilidade.
Às vezes, sentimos ser necessário entrar em contato com uma destas forças. Podemos então aprender a olhar e contemplar a natureza, ela sempre tem muito a nos revelar e ensinar, até sobre nós mesmos.
Fotos de Daniella Liu